Ele amava aquela garota,
mesmo ela não se importando com ele, não querendo, não dando bola,
porque afinal aquela garota
podia parecer fria e egoísta, mas
de alguma forma lhe provocava risos.
Era um querer, sem que fosse preciso.
Um possível, um bonito sem ser preciso.
Ela passava longe, dando ataques,
convencia, de seu sarcasmo,
de sua natureza sem escrúpulos,
ela detonava em qualquer pista,
ataques de humor, de calor e de riso.
Nada lhe passava sem ser cativado por ela.
Ela era o motivo de seus domingos românticos
e sábados às vezes em família.
A garota ainda não dava a mínima, nem pela mudança do comportamento do cara.
A garota era negligente consigo mesma e com o que estava sentindo
porque ela ainda se perguntava, e não queria correr o risco,
nem correr o riso, por ele, por alguém nem por nada.
Ela queria ser livre, mesmo que o amor dele lhe fizesse
deleitar-se em um caminho sem ser em vão, sem pressa,
ela queria ser possível, mas não pra ele.
Pra ele, ela queria ser difícil, não ser só mais uma.
E ele não entendia apenas isso, mas tudo o que ela fazia, ele entendia,
inclusive seu riso, de alegria, de nervoso, de estripulia. De êxctase,
de sabedoria. De momentos de dor e de depressão, ele a compreendia
de longe, mas nem se via aquela disposição de menina, ela toda tímida,
ele tão ansioso, a um bom tempo não se viam, mas ela se esvairava
e recomeçava, a bailar diante dele, dos olhos dele, ela se fechava,
idiotice não se entregar. Pode parecer bem idiota ele a esperar.
Mas era amor, desses raros e latentes, não impossíveis, mas intensos e verdadeiros.
Ela fazia dieta, queria perder uns quilos, ele nem notava muito que ela estava acima do peso.
Ele mais queria era se encontrar com ela, dava um jeito,
arrumava um jeito, pensava em um jeito.
E todo o mundo achava aquele garoto esquisito. Comia pouco.
ficava na dele, distraído, de noite não saía mais tanto, nem beber muito com os amigos
ele queria, só estar ao lado dela era o que lhe importava. Era o que lhe fazia feliz.
Nem respirava. Quando ela passava. Quando ele a via.
Ela colocava menos sal na comida. E esperava que um dia ele fosse falar com ela.
Ela sabia que um dia ele iria, mas esperava. E todo o mundo achava que ela tinha mudado.
Estava mais feliz, mais independente, se valoriza mais.
E como sempre, mesquinha para o amor,
sempre na sua, sempre tão doce, delicada e safada,
deixava qualquer sorriso ficar tentador, ele adorava vê-la, mesmo
tão displicente com ele. Afinal, esse era o jeito dela, e ele sabia que era assim.
E ele teria que se acostumar com isso. Teria que aceitar se realmente a quisesse.
Mas ele a amava, ela não se sabe até hoje. Mas ele ainda acha um jeito de se verem
Ela ainda o enrola, mas é só por um tempo.
Ele amava aquela garota, porque
ela se tornou um desafio para ele.
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