quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Caçada mágica

Ali estiveram por horas, a fio, conversando, pareciam um dueto, mas lá se amam, mas lá eram tidos julgados por uma sociedade hipócrita, cheia de hipocrisia, alienada, existe democracia, eu penso, tu fala, eu falo, tu pensa, liberdade de expressão, assim como agir e viver, como bem quisessem, eles viviam, de qualquer maneira, como outros não viviam, João sabia que nem pensava, nem falava, nem agia, ele sabe que quem vê, não consente, quem sente, consente. E o que lá importa, eles estão vivendo, sendo felizes, fazendo sentido, falavam como bem podiam, isso implica em A, B, C ou D, caminhos, como uma caçada mágica, como silêncio, a hipótese é infinita, variável, e só quem não muda, quem não tem opinião, aliás, não mudar, é um direito, de expressão, direito de ficar calado, direito de não ser julgado, não é não, e outras infindáveis porções, eram, até o eram, era, um direito de não ser, passar despercebido, transparente, sem precisar se corroer, porque está o outro sendo rude, vê, não consente, assim, direito de ser, ou não ser, direito, versátil, como uma caçada mágica, o homem tem direito de colher o que planta, ou não, ser um privilegiado mesmo, todos somos, viver num óasis, ou ser o mais simples possível, chorar lendo Nicholas Sparks, ou ler um romance épico, viver em devaneios, ou viver em objetividade, viver em desorganização, ou viver em organização, viver em sonhos, e até o tudo que podiam, é um direito, caçada mágica, para ter uma consciência tranquila.

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